PF investiga túnel de 40 metros descoberto ao lado de agência da Caixa em Sumaré

Escavação clandestina com fiação e estrutura reforçada revela plano ousado para furto qualificado; delegado fala em “trabalho de engenharia considerável”

27/06/2025 08h52 - Atualizado há 1 mês

Um túnel de 30 a 40 metros de extensão, escavado clandestinamente até a agência da Caixa Econômica Federal no Jardim Denadai, em Sumaré, chamou a atenção das forças de segurança e da própria Polícia Federal, que agora conduz a investigação do caso.

A escavação foi descoberta na tarde de quinta-feira (26), após um encanador ser chamado para resolver uma falha no abastecimento de água em um posto de combustível vizinho à agência. Durante o serviço, o solo cedeu e revelou a estrutura do túnel, que já alcançava a parte subterrânea do banco.

Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram acionadas imediatamente, e a Polícia Federal assumiu a investigação, instaurando um inquérito com prazo inicial de 30 dias para apuração dos fatos.

“É um túnel que vai até o interior da agência, sem ultrapassar as estruturas de concreto, mas que chega a um ponto crítico. É um trabalho de engenharia considerável”, afirmou Edson Geraldo de Souza, delegado e chefe da PF em Campinas.


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A escavação apresentava fiação instalada (ainda sem uso), além de escoramento com madeiras, algumas visivelmente novas e outras em processo de apodrecimento, o que sugere que a construção pode ter se estendido por um longo período.

Acesso pela galeria pluvial

Segundo a PF, a passagem subterrânea se conecta a uma galeria pluvial na Rua Eliseu Teles de Mendonça, que pode ter sido o ponto inicial do plano. No local, os bombeiros encontraram uma bomba d’água, cuja função específica ainda será determinada pela perícia.

“É uma situação de furto qualificado, com rompimento de obstáculo. O túnel é apertado, claustrofóbico, e representa uma ousadia por parte das organizações criminosas envolvidas”, acrescentou o delegado.

Foto: Marcelo Rocha/Liberal

A PF também fará uma varredura minuciosa em câmeras de segurança da região para identificar movimentações suspeitas próximas à galeria, além de buscar vestígios genéticos e materiais que possam levar aos envolvidos.

O caso chamou atenção pela complexidade do plano e reforça o papel da inteligência policial na prevenção de crimes sofisticados em nível regional.

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