Com o avanço do período seco e o aumento dos focos de incêndio no estado de São Paulo, a CPFL Paulista reforçou suas estratégias de prevenção, detecção e resposta a queimadas que colocam em risco o fornecimento de energia. A atuação da distribuidora é especialmente intensa na região de Campinas, onde só em 2024 foram registradas 325 interrupções no serviço provocadas por queimadas próximas à rede elétrica.
A companhia implementou um plano de ação articulado com prefeituras, órgãos públicos e consultorias especializadas como a Ampere, que oferece suporte técnico com base em análises climáticas e mapeamentos de risco. Entre as medidas adotadas estão:
- Ampliação das faixas de segurança;
- Relocação de linhas críticas;
- Inspeções preventivas;
- Manejo de vegetação em áreas sensíveis.
“O cenário climático segue desafiador, e mesmo que o fogo não atinja diretamente os cabos, as altas temperaturas, fumaça e fuligem podem causar curtos-circuitos e danos à rede”, explica Roberto Sartori, diretor-presidente da CPFL Paulista. “Nosso compromisso é garantir a continuidade do serviço, mesmo diante das adversidades.”
Alerta climático e números preocupantes
O meteorologista Bruno Capucin, da Ampere, destaca que os fatores da chamada "tríade do fogo" — calor, baixa umidade e vento — permanecem críticos neste inverno. Ainda que a temporada não seja tão extrema quanto a de 2024, as projeções indicam risco elevado de incêndios em biomas vulneráveis, como o Cerrado.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam que agosto e setembro de 2024 bateram recordes históricos de queimadas em São Paulo. Só em agosto, foram 3.612 ocorrências — um salto de 926% em relação ao mesmo mês de 2023. Já o levantamento da Operação SP Sem Fogo identificou mais de 185 mil focos ao longo do ano, dos quais 14% estavam a até 200 metros da rede da CPFL Paulista.
Educação e prevenção
Além da atuação operacional, a CPFL promove campanhas de conscientização como o “Guardião da Vida”, voltadas à população e aos produtores rurais. O objetivo é reduzir queimadas causadas por ações humanas, que são maioria, segundo estudos do setor. “Um simples descuido com uma fogueira ou cigarro pode desencadear um incêndio de grandes proporções”, alerta Capucin.
A região de Campinas foi oficialmente classificada em estado de emergência ambiental pelo Ministério do Meio Ambiente em fevereiro deste ano, recebendo reforços e monitoramento entre março e outubro.
Saiba mais
Mais informações sobre segurança com energia elétrica e prevenção de acidentes podem ser consultadas em: www.guardiaodavida.com.br.