A campanha de vacinação contra a gripe (influenza) segue com baixa adesão entre os grupos prioritários nos municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Dados da Secretaria de Estado da Saúde indicam que, até o início de julho, apenas 44,5% das crianças acima de seis meses, gestantes e idosos haviam sido vacinados em cidades como Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia, Paulínia e Monte Mor. A meta é atingir 90% de cobertura vacinal.
O cenário acende um alerta entre autoridades e profissionais da saúde. Apesar da disponibilidade gratuita do imunizante em todas as UBSs, muitas pessoas ainda deixam de se vacinar — especialmente durante o inverno, período em que os riscos de complicações aumentam.
Profissionais de saúde apontam uma série de fatores que contribuem para a baixa adesão:
❌ Falta de informação e mitos sobre a vacina, como a crença de que ela “causa gripe”
❌ Medo de reações leves, confundidas com efeitos colaterais graves
❌ Sensação de que a gripe é uma doença leve
❌ Desconfiança generalizada sobre vacinas, alimentada por boatos e desinformação
❌ Falta de tempo ou dificuldade de acesso, mesmo com a rede disponível
Foto Erasmo Salomão
Por que tomar a vacina contra a gripe?
✅ A gripe pode ser grave, levando a complicações como pneumonia e internações
✅ A vacina não causa gripe: o vírus está inativado e não tem capacidade de provocar infecção
✅ Protege o indivíduo e quem está ao redor, reduzindo a circulação do vírus na comunidade
✅ É atualizada todo ano, garantindo proteção contra as cepas mais recentes
✅ É segura e gratuita pelo SUS
✅ Evita faltas no trabalho e na escola, mantendo a rotina das famílias
Vacina também é proteção emocional
Especialistas lembram que se vacinar é também um ato de cuidado coletivo e psicológico, principalmente para quem convive com idosos, bebês e pessoas com doenças crônicas. A responsabilidade individual tem efeito direto na saúde pública.
A aplicação da dose contra o vírus Influenza ocorre nas Unidades Básicas de Saúde de todos os municípios da região. Em Sumaré, ações de mobilização e Dias D de vacinação já vêm sendo realizados, mas ainda enfrentam resistência do público-alvo.
A prevenção começa com um gesto simples
A vacina leva de duas a três semanas para fazer efeito e protege por até 12 meses. O ideal é se vacinar antes do pico de circulação dos vírus — que ocorre justamente entre junho e agosto.
“A gripe não é apenas um incômodo passageiro. Pode ser fatal para quem está em grupos de risco. A vacina é uma barreira de proteção que todos deveriam priorizar”, reforça a Secretaria de Estado da Saúde.
Ainda dá tempo de se proteger. Procure a UBS mais próxima, leve sua carteirinha de vacinação e incentive quem você ama a fazer o mesmo.