Um recente levantamento realizado pela Secretaria de Especial de Articulação e Monitoramento, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, revela que as cidades de Hortolândia e Sumaré enfrentam sérios riscos de desastres ambientais, como enxurradas, inundações e deslizamentos. Os resultados desse estudo, divulgados na última semana, lançam luz sobre a vulnerabilidade dessas localidades diante de eventos climáticos extremos.
O documento, elaborado em abril deste ano, ganha ainda mais relevância ao ser apontado como base para a distribuição de recursos do "Novo PAC" (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado recentemente com um investimento previsto de R$ 18,3 bilhões. A urgência em lidar com tais questões é ressaltada pelo contexto das recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
Em destaque, Sumaré é apontada como a única das três cidades com uma estimativa preocupante: cerca de 13,9 mil pessoas residem em áreas mapeadas como suscetíveis a riscos ge-hidrológicos no município.
Os critérios utilizados para a classificação incluíram dados como número de desalojados, histórico de desastres, óbitos relacionados e indicadores de vulnerabilidade a inundações e chuvas intensas ao longo das últimas quatro décadas.
O levantamento também chama atenção para o impacto da urbanização rápida e muitas vezes desordenada, além da segregação socioespacial, que têm levado comunidades de baixa renda a ocuparem áreas suscetíveis a tais eventos, tornando-as ainda mais vulneráveis.
Ainda segundo o estudo, o governo federal identificou 1.942 municípios brasileiros suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terra, alagamentos, enxurradas e inundações, o que representa quase 35% do total de municípios do país.